O avanço da tecnologia

Preciso como um relógio atômico

Por Tatiana Nunes

Vamos combinar que viajar antigamente era um sufoco. Quem nunca teve um co-piloto que se atrapalhava com um mapa gigantesco? Quando achava o caminho certo, era o inteligente, mas quando se perdia, logo dizia que o mapa era confuso. Viajar sozinho também não é nada bom. Andar por uma cidade grande como São Paulo, por exemplo, pode ser um desastre. Olhar as placas e o mapa ao mesmo tempo é complicado, isso quando não se erra a rua indicada na placa. O estrago está feito. Achar um retorno para entrar na rua certa é outro problema. Ou vai se perder ou vai andar em círculos até achar o caminho.

Não tem como não perceber quando alguém está perdido. Mas viva a tecnologia. Para o alívio de quem não consegue se locomover com mapas, alguém teve a feliz ideia de pensar um transmissor por satélite para ajudar aqueles que andam perdido.

Durante 25 anos, vários projetos e experiências foram realizados para encontrar o problema do posicionamento preciso e absoluto, tanto o Loran  como o Transit não tinham precisão ou funcionalidade, por serem limitados.

Construído pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos na década de 70, o sistema de posicionamento global, popularmente conhecido como GPS consiste em 28 satélites sendo 4 sobressalentes em 6 planos orbitais. Lançado entre fevereiro de 1978 e novembro de 2004, só foi declarado operacional em 1995. A tecnologia custou 10 milhões de dólares. O GPS se baseia na determinação da distância entre um ponto, o receptor e os satélites. Os sinais são captados por quatro satélites que determinam as coordenadas. Esse sistema pode ser aplicado na aviação e na navegação marítima, sendo muito usado também em automóveis que auxiliam a navegação de mapas. O GPS pode localizar qualquer coisa em qualquer lugar no mundo sob quaisquer condições atmosféricas. O relógio é altamente preciso.

Quem vende não reclama do momento, pois esse aparelho tem deixado de ser somente um mapa para ser um acessório importante, tanto para quem viaja como também para minimizar a quantidade de eletrônicos que tem  que carregar todos os dias.

Jussára Moreira, empresária, que adquiriu o aparelho há pouco tempo, se diz estar impressionada com tantas funções, “ele não só me orienta como também posso usá-lo para outras atividades”, conta.