Comunidade Escolar aldeense se reúne para discutir
Por Anneliese Lobo
Professores, diretores e membros da sociedade de São Pedro da Aldeia estão realizando curso do Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), em parceira com a secretaria municipal de Educação, por meio do Programa Formação pela Escola. São, aproximadamente, 50 pessoas participando do curso.
O programa foi criado para capacitar pessoas que atuam ou que pretendem atuar na gestão, execução, prestação de contas e no controle social dos programas do FNDE, visando melhorar a utilização dos recursos públicos a eles destinados.
O FNDE é o braço operacional do Ministério da Educação (MEC). Ele executa as transferências de recursos públicos destinados à educação e também desenvolve ações específicas por meio de vários programas voltados à alimentação, ao transporte escolar, ao livro didático, à manutenção das escolas, dentre outros. Mas, de acordo com a tutora do curso, Gláucia Gago, o principal objetivo é estimular o exercício do controle social nos programas escolares e aumentar a participação dos gestores estaduais, municipais e da comunidade escolar para elevar a qualidade de gestão democrática nas escolas.
O curso é composto por cinco módulos de estudo, divididos da seguinte forma: um módulo de competências básicas e quatro temáticos sobre os diferentes programas desenvolvidos pelo FNDE: Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Programas de Transporte do Escolar (PTE), Programas do Livro (PLi) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Em um dos encontros presencias, os cursistas tiveram a oportunidade de conversar diretamente com o subsecretário de Educação do município, Roberto Jorge, que participou do curso e no final respondeu a todas as perguntas. No ano passado foram 120 pessoas capacitadas. As tutoras do curso dizem estar satisfeitas com o interesse dos participantes:
-“ Eu tenho sentido que o olhar desses cursistas é diferente. Aqui, eles não estão preocupados apenas com certificado. Eles estão mesmo atentos às políticas públicas do Governo. Eles demonstram que querem de verdade auxiliar suas escolas no compromisso com os programas”, explica Adriana Cartaxo, tutora do Formação pela Escola.
Um bom exemplo desse compromisso são as professoras Ana Angélica e Jaqueline Oliveira. As duas trabalham de manhã em Araruama e à tarde na Creche Municipal Dona Chica, no bairro Morro dos Milagres, em São Pedro da Aldeia. Mesmo com a dupla jornada de trabalho, à noite fazem questão de participar dos encontros.
- “Muito válida essa oportunidade e nós não podemos perder. Acreditamos que quanto mais nós conhecermos, mais poderemos ajudar nossos alunos. Assim, se o poder público estiver deixando de cumprir suas obrigações, agora teremos conhecimento para cobrar”, garantem.
Para Neusa Pires, o curso não poderia ter vindo em melhor hora. Ela explica que é diretora da E. M. Teixeira Paulo no bairro aldeense Balneário das Conchas e sente necessidade de acompanhar as novidades para melhor atender a comunidade escolar.
- Sempre que têm cursos eu participo, mas este é especial. Eu preciso estar informada sobre os programas do Governo Federal para poder cobrar com competência e, principalmente, saber explicar para os pais, alunos e professores de minha escola. E conhecendo fica muito mais fácil cobrar, explica Neusa.
No programa Formação pela Escola a única obrigatoriedade é que o cursista conclua o módulo de competências básicas antes de concluir qualquer módulo temático. Cada módulo do curso tem uma carga horária de 40 horas com três encontros presencias com duração de quatro horas cada. Como o curso inclui o módulo de competências básicas e, no mínimo, um módulo temático, sua carga horária total é de 80 horas, sendo 12 horas presenciais e 68 horas de estudos autônomos, realizados a distância. Mas, o cursista pode estudar mais de um módulo temático de acordo com seu interesse.