A semente do bem
Originária da Ásia, a linhaça pode ajudar na prevenção contra o câncer e problemas de coração
Por Tahyana Duarte
Considerada um alimento funcional, a linhaça é composta por carboidratos, gorduras, proteínas, fibras, vitaminas (B1, B2, C, E e Caroteno) e minerais (ferro, zinco, potássio, magnésio, fósforo e cálcio). Além das propriedades nutricionais, a semente também possui propriedades preventivas devido a presença de antioxidantes e anticancerígenos. Estes se encontram no óleo da linhaça, que representa cerca de 39% de sua composição e é rico em Ômega-3 e Ômega-6. “Tais ácido-graxos existentes na linhaça são importantes por impedirem a formação de placas de gordura nas artérias e, com isso, previnem as doenças cardiovasculares. Estimulam também o crescimento, a manutenção da pele, fortificam os cabelos, aliviam os sintomas da TPM, reforçam o sistema imunológico, previnem inflamações. O Ômega-6 contribui ainda na formação de substâncias que regulam a pressão arterial, a coagulação do sangue e a freqüência cardíaca, só para citar alguns exemplos”, explica a nutricionista, Tatiana Pereira.
Outro componente de “peso” da linhaça é a lignana, uma estrutura química semelhante ao estrógeno, que pode atuar na prevenção do câncer de mama e na prevenção dos sintomas da menopausa. Já em relação as fibras, estas ajudam a regular o trânsito intestinal, previnem o câncer de cólon e reduzem os níveis de colesterol e glicose do sangue. É importante ressaltar que existem dois tipos de linhaça: a marrom (cultivada geralmente com o uso de agrotóxico), que possui apenas Ômega-3, e a dourada (cultivada de forma orgânica e mais cara no mercado por ser importada), rica em Ômega-3, Ômega-6 e ômega-9, diz Tatiana.
As sementes da linhaça podem ser utilizadas de várias maneiras na alimentação: sucos, iogurtes, vitaminas, saladas, massas de pães, biscoitos, bolos, etc. O óleo da linhaça também pode ser usado, mas não no cozimento de alimentos. Deve ser acrescentado em pequena quantidade ao prato já preparado. A melhor forma de se consumir a linhaça é ingerir a semente moída (farinha), pois a casca dificulta a saída e absorção dos nutrientes benéficos ao passar pelo tubo digestivo. Uma opção é triturar no liquidificador as sementes para evitar a oxidação das gorduras. Para isso, é necessário manter as sementes moídas sob refrigeração e longe da luz. A quantidade para o consumo diário varia de duas à três colheres de sopa.
A dona de casa, Lia Passarinho, 65 anos, conta que consome a farinha de linhaça há três anos. “A linhaça passou a fazer parte do meu cardápio assim que tive conhecimento dos benefícios que ela traz para a saúde. O meu intestino não funcionava normalmente e melhorou bastante depois que comecei a utilizá-la em minha alimentação”, diz.
Semente de linhaça marrom